ó do mundo

0 Flares Twitter 0 Facebook 0 Google+ 0 Filament.io 0 Flares ×

numa noite qualquer, em 2 de fevereiro de 2015, da augusta, no baixo augusta, uma lua cheia e distorcida - pelo celular - e pelo aplicativo de efeitos. de quem é esse olhar? de quem é essa lua? minha, da máquina celular ou do seu filhote, o aplicativo?
numa noite qualquer, em 2 de fevereiro de 2015, da augusta, no baixo augusta, uma lua cheia e distorcida – pelo celular – e pelo aplicativo de efeitos. de quem é esse olhar? de quem é essa lua? minha, da máquina celular ou do seu filhote, o aplicativo?

o rato morto conversa com as luzes da noite
o açoite rasga o coração do velho verso da rua

e a lua?

o sol aprendeu a sorrir
porque ir e vir é um desafio
um fio que desenrola o destino da gente
semente que dá e tira
floresce dela também a ira – crua
cruz de tanta gente

e a lua?

um silvo de pássaros à capela
denuncia a solidão afro do céu
enquanto no asfalto groove
cidadãos vivendo numa garrafa
à espera da próxima onda

o ó do mundo que ri de si
e a lua?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

*


*

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.