ó do mundo
o rato morto conversa com as luzes da noite
o açoite rasga o coração do velho verso da rua
e a lua?
o sol aprendeu a sorrir
porque ir e vir é um desafio
um fio que desenrola o destino da gente
semente que dá e tira
floresce dela também a ira – crua
cruz de tanta gente
e a lua?
um silvo de pássaros à capela
denuncia a solidão afro do céu
enquanto no asfalto groove
cidadãos vivendo numa garrafa
à espera da próxima onda
o ó do mundo que ri de si
e a lua?
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