Não-corpo e o corpo-som em Her, de Spike Jonze
Não-corpo e o corpo-som em Her, de Spike Jonze é um artigo publicado na revista francesa Chimères. O número da edição é 99 e saiu no dia 20 de janeiro de 2022. Este texto se insere em comunicação audiovisual e psicanálise.
Ele analisa como se dá a presença do sujeito sem corpo físico. Mas o contexto se dá, portanto, dentro do filme Her, uma história de amor (2014, EUA), de Spike Jonze.
Para isso revi o conceito de corpo para a Era Digital. Analisei, especialmente, o não-corpo da personagem Samantha (Scarlett Johansson). E por quê? Porque ela é uma inteligência artificial sem corpo físico. Mas ela tem uma presença que lhe garante um tipo de corpo.
O que o artigo Não-corpo e o corpo-som em Her, de Spike Jonze explica
Diz o que é essa presença e como o diretor resolve a ausência de corpo físico na relação amorosa entre ela e Theodore. Ele é seu namorado humano. Tudo isso dentro de um contexto de alta tecnologia. Neste ponto, então, o artigo cria a expressão corpo-som. Ou seja: se refere ao que o diretor faz para presentificar Samantha na tela (explico o conceito no texto).
O filme trata de relacionamentos românticos na Era Digital. Além disso, discute a dificuldade de ser feliz em um relacionamento numa época de virtualização constante. Essa virtualização é acelerada dentro das relações pessoais, profissionais e também da evolução tecnológica.
Não-corpo e o corpo-som em Her, de Spike Jonze, usa conceitos…
…da psicologia, literatura, filosofia e teatro para definir o corpo na história e na contemporaneidade. O diretor Spike Jonze tem como prática buscar uma discussão sob o ponto de vista psicológico. Ou de como se dão os relacionamentos adultos amorosos.
Este filme, então, é o auge dessa análise. A biografia do diretor, que também é roteirista, prova seu interesse nisso. Ele busca entender como começam e por que terminam as relações. Além do mais, ele próprio já falou sobre o assunto em entrevistas. Por fim, sua forma de comandar a câmera valoriza esse tipo de discussão (AMORIM, 2020).
Her (EUA, 2014)…
…se insere num futuro próximo com uma inteligência artificial (Samantha), que é um dispositivo sem corpo físico. O personagem principal (Theodore Twombly) adquire o programa.
Os dois fazem, então, amizade e depois namoram. Existe uma ponte entre tecnologia e relacionamento amoroso. O próprio diretor americano teve – assim como seu personagem Theodore – uma separação traumática (com a cineasta Sofia Coppola).
Ele também tem, além de tudo, parceiros que vão pelo mesmo caminho. Qual caminho? O de análise psicológica das personagens em seus filmes (Michel Gondry e Charlie Kaufman). A partir de todo esse contexto…
… desenvolvi o artigo Não-corpo e o corpo-som em Her, de Spike Jonze
Tudo a partir do segundo capítulo da minha tese de doutorado. E consegui publicá-lo na prestigiosa revista Chimères, da França. A revista foi fundada por Gilles Deleuze e Félix Guattari.
A edição 99 da Chimères, de 20 de janeiro de 2022, tem o meu artigo com o título em francês: Le Non-corps et le Corps-son dans Her de Spike Jonze. A tradução do português para o francês é da excelente Margaux Dutreux de Mattos.
Como ler meu artigo Não-corpo e o corpo-som em Her, de Spike Jonze, em português
Comece clicando aí neste link (pdf) ==> versão em PORTUGUÊS do artigo O não-corpo e o corpo-som em Her de Spike Jonze.
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Resumo do que há no livro:
São personagens atormentados, no limite, que buscam, então, amor e precisam conhecer a si mesmos primeiro. Uma homenagem à vida na figura da minha avó materna (em Os Suicidas). Além disso, é uma ironia sobre nossa relação com a mídia televisiva (em Pano de Fundo).
Uma história de amor que não aconteceu (em Sonhos).
Mas não só isso: também é uma análise sobre os diferentes tipos de crueldade (em Cru). Uma repetida e nunca resolvida história de criança de rua (em Longa história…). São reflexões sobre isolamento social desde o nascimento (em A elipse).
Ainda tem uma história metalinguística, sobre aparências, memória imprecisa e pontos de vista (em As deslembranças), com final surpreendente.
Desse modo, sobra o último conto, A Rosa. Este faz parte de uma trilogia ainda inacabada (Pátria Amada). É um conto que usa fatos históricos e personagens reais do Brasil para contar algo inventado: por que o mecânico Otávio de Souza escreveu o poema/letra da música Rosa, de Pixinguinha?
Bom, por que, na verdade, ninguém sabe. Então, o conto inventa o motivo.
Portanto, esse é o argumento…
… para criar a história de amor entre Otávio e Rosa. Paralelamente a esse amor a história do Brasil, no Rio de Janeiro dos anos 10, 20 e 30 do século XX, é contada como pano de fundo, com diversos fatos que realmente aconteceram.
Algo assim como Forrest Gump, interagindo com personagens históricos. Ou algo como no filme Shakespeare Apaixonado, em que os roteiristas inventaram o motivo do dramaturgo ter escrito Romeu e Julieta. Por isso o conto A Rosa usa, então, a música para contar a história do Brasil e do romance entre Otávio e Rosa.
O projeto ficou tão bom…
… que o autor F. de Amorim (eu mesmo) começou a segunda parte (que se passa nos anos de 1960 a 1970). E ainda fará a terceira. Todos os contos, pode-se dizer, representam uma valorização da poesia, do amor, e suas dimensões no mundo contemporâneo, mesmo que muitas das histórias tenham sido escritas na década de 1990.
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