fotografia
vou sonhar de novo
fecho as gavetas
tranco as portas
cubro as janelas
com cortinas pretas
mas não posso ignorar
o terremoto vulcânico
do meu espírito
vou sonhar
ao que ainda parece
fora do tempo
a distância agradece
o sentido histórico
que parado no tempo
escondido num quarto
vê o poeta
rezar uma prece
revelar seus medos
se entregar ao sistema
desintegrar seu dilema
ao que ainda parece
dentro do quarto
a distância silenciosa
disparada num sorriso
expira seus dedos
em movimentos históricos
e beijos sem medos…
mesmo por quê
é só aparência
Poderia inventá-la
Criar uma sombra
sem a luz
Caberia tentar…
Deixe um comentário