Escrever é coisa séria e é divertido
Escrever é coisa séria e é divertido. Sim, é verdade. É possível ensinar ao estudante, de qualquer idade, a delícia de criar textos. E, além disso, podemos, ao mesmo tempo, mostrar a responsabilidade que existe em se escrever algo. Então, é sobre isso que vou falar agora nesse post.
Os meus mais de vinte anos em salas de aula (como professor) e em redações dos veículos de comunicação onde trabalhei (como jornalista) me ensinaram muito. Fui editor de textos nas tevês por onde passei. Sempre corrigi ou criei textos jornalísticos e vi muitos tipos de textos com problemas, de gente que já era profissional. Já vi, no caso de estudantes, dificuldades extremas. Como de gente que mal conseguia criar uma frase completa com sentido coerente. Escrever é quase como aprender a dançar.
O que aprendi?
Bom, por exemplo: que na maioria das escolas ou se escreve pouco (e mal), ou se escreve muito (também de forma errada). E que somente no ensino médio se valoriza a escrita (com foco em vestibulares). Mas o ensino médio tem apenas três anos. O estudante tem de chegar no oitavo ou nono ano sabendo desenvolver um texto opinativo, argumentativo, minimamente, mas não é bem isso o que acontece. Dessa forma, os últimos três anos são sobrecarregados.
Então, qual o problema? Nós ficaríamos aqui discutindo horas e horas a educação brasileira. No entanto, vou reduzir essa discussão um pouco. O problema é o método e o objetivo. Primeiro, o objetivo: se ignora o quanto escrever é divertido. Ensina-se para tirar nota, para preparar para o Enem e demais vestibulares. Deve-se ensinar a escrever para criar pessoas articuladas, comunicativas, assertivas, com opiniões próprias e que sabem estruturar ideias em textos.
O que falta?
Brincar com palavras, fazer rimas (não se dá o devido valor para a poesia), ou construir frases divertidas. Brincar de descrever coisas, lugares, tentar adivinhar o que é a coisa só de ler a descrição do colega de classe. Ou ainda aprender palavras novas de forma divertida (o dicionário parece um bicho feio que fica escondido naquele canto escuro daquele móvel da casa que ninguém nunca chega perto – o google é útil, mas não é dicionário).
Agora em segundo, o método: não existe a valorização de debates (falando ou escrevendo). O debate desenvolve a capacidade de argumentar. Mas não só isso: estimula a pesquisa (é preciso saber do que se está falando), a organização de ideias, o trabalho em dupla (ou equipe). E também valoriza-se ouvir o outro, respeitá-lo, além de tentar convencer esse outro com fatos e argumentos, não com: “essa é minha opinião e não se discute”.
Onde sua filha (ou filho) entra nessa história?
Olha, prometo que vou contar no próximo post. Esse assunto rende muito e acho melhor dividir em partes digeríveis para todo mundo. Então, leia o próximo texto, “Escrever é coisa séria e é divertido – parte 2”.
quer saber mais do que faço neste site, além de poesia, crônicas, contos, jornalismo e artigos e …?
Além de reflexões sobre educação nesse post Escrever é coisa séria e é divertido, também falo de aulas de redação, literatura e interpretação de textos, estou escrevendo um livro – Autoconhecimento na Prática – e tenho outro, este de contos, que se chama Os suicidas e outras histórias <= clique no link e compre a versão digital -, tenho outras coisas, como cursos. autoconhecimento, comunicação, oratória, redação (curso exclusivo). mas vou falar dos três primeiros aqui (e muito mais do primeiro curso):
Meu cursos são basicamente análise e interpretação de discursos, tanto em oratória, quanto em comunicação quanto em autoconhecimento. Porque isso está ligado nos três cursos. Eu uso literatura, filosofia e cinema para analisar a cultura digital atual. Vou desconstruindo conceitos, os reformulo e mostro que nada é o que parecer ser e que nós menos ainda. Enfim, essa é a base.
como assim?
Quanto ao que cada aluno vai aprender depende do conhecimento dele. Eu simplesmente parto de onde ele está. Por isso, no dia da aula experimental, farei duas coisas. Mostrarei onde pretendo chegar e como farei isso. Um diagnóstico do quanto o aluno sabe de cada curso entra na segunda parte. Além disso, farei perguntas simples, como, por exemplo, como ele define o que é beleza. Espero a explicação e aí eu já desenho o perfil cultural do aluno.
E as aulas, os textos e a complexidade das aulas vão de acordo com o nível dele. O tempo do curso depende da disponibilidade do aluno, mas eu vou pedir no mínimo 3 horas de estudo semanais (cada aula online por uma hora e meia). Então, eu não faço milagres, não vendo milagres, não acredito em milagres, por isso, na aula experimental digo que o curso pode levar meses (cada aula, um tópico mais ou menos). E os tópicos (do curso de autoconhecimento) são… peraí… clique aqui que eu mostro a grade de autoconhecimento.
é isso. abraços.
Deixe um comentário