entrebraços
(personagem de um conto meu ainda incompleto)
tenho medo de existir
viver é uma agonia
não há nada pior
do que mexer o braço
e pensar que estou
mexendo o raio do braço
e por culpa do pensamento
eu desisto de mexer
a porra do braço
o medo é meu segredo de existir
e a agonia
é meu sorriso triste no café da manhã
mas após toda dor
quando vejo que você
de mim não desiste
desacredito de todo descrédito
e me espalho no arco-íris
do nosso amor
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