a elipse: quando a vida era uma gota de orvalho numa pétala de rosa

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A elipse: quando a vida era uma gota de orvalho numa pétala de rosa representa, então, dois trechos do meu conto A elipse, que está no meu livro Os suicidas e outras histórias. E como é isso? Bom, a personagem vive em isolamento social desde o nascimento, mas, um dia, descobriu um buraco na porta de sua sala de trabalho e, assim, por esse buraco, viu outras pessoas trabalhando em outra sala. Desde então passa a observar, fascinado, as pessoas que estão lá. Ele, enfim, desenvolve um processo de autoconhecimento e revela, desse modo, seus mais profundos e adormecidos desejos.

Curiosas/curiosos? Então, vejam abaixo, comentem, curtam (e comprem o livro!!)

A elipse: quando a vida era uma gota de orvalho numa pétala de rosa é sobre o choro da personagem, como em Una Lágrima, de 2006, do equatoriano Hermel Orozco
Para esse post, A elipse: quando a vida era uma gota de orvalho numa pétala de rosa, achei melhor representar com esta pintura, Una Lágrima (2006), do equatoriano hermel orozco. Porque acredito que a obra faz juz ao que eu quis escrever abaixo.

(…)

Então me lembrei de todas as cenas sem permissão por que passei, e que vi através deste buraco; me lembrei e comecei eu a chorar. Lentamente. Apoiando a cabeça nas mãos. Os braços nas pernas. Os pés no chão. Chorando.

“Impressionante. Ele chora, devagar, calmo, como se aquilo fosse a única coisa que lhe restasse. Como se fosse o único gesto digno. Ele chora sem esforço. Simples. Tão primitivo quanto o sorriso, só o choro. Ele está descobrindo quem é. Ou, o que é.”

Caladas palavras. Que me fogem. Aladas palavras. Que me revelam a mim mesmo. O que vou sendo (o que sou). E o que sempre fui. Queria aprender o ser humano que sempre via na tevê. Mas aprendi sobre mim, bisbilhotando por um buraco oval, de uma porta oval, de uma sala cheia de máquinas dizendo “mais alguma coisa?” Aprendi mais do que alguma coisa, e aprendi mais sobre mim do que eu seria capaz de suportar. E agora mexe em mim um outro ser, que parece outro eu, mas será isso alma? Espírito, talvez? Meu espírito, então, move-se em mim, querendo explicações de coisas que não conheço; agora mexem-se em mim as perguntas sobre o mundo… desejos de saber sobre homem e mulher… sobre sentires… Querer, ou não querer?

(…)

Às vezes não me sinto só. Não é a presença de Deus. É outra coisa, menos mágica, menos intuitiva. Eu quase pressinto outro me observando. Naquela outra porta oval podia haver outro eu me observando. Tudo isso pode ser um jogo. Isso pode ser um delírio… Um gosto estranho em minha boca. Amargo. Acho que essa é a minha dor. Minha dor é vermelha. Minha dor é amarga. É macia e abafada. Minha dor é perceber.

 

(trechos do meu conto A Elipse, que faz parte do livro de contos Os suicidas e outras histórias… você pode comprar o livro digital bem baratinho, aqui, ou o livro impresso, aqui, no site da amazon)

quer saber mais do que faço, além de poesia, crônicas, contos, jornalismo e artigos e …?

Além desse trecho do meu conto, que está no livro Os suicidas e outras histórias <= clique no link e compre a versão digital -, tenho outras coisas, como cursosautoconhecimento, comunicação, oratória, redação (curso exclusivo). mas vou falar dos três primeiros aqui (e muito mais do primeiro curso):

Meu cursos são basicamente análise e interpretação de discursos, tanto em oratória, quanto em comunicação quanto em autoconhecimento. Porque isso está ligado nos três cursos. Eu uso literatura, filosofia e cinema para analisar a cultura digital atual. Vou desconstruindo conceitos, os reformulo e mostro que nada é o que parecer ser e que nós menos ainda. Enfim, essa é a base.

como assim?

Quanto ao que cada aluno vai aprender depende do conhecimento dele. Eu simplesmente parto de onde ele está. Por isso, no dia da aula experimental, farei duas coisas. Mostrarei onde pretendo chegar e como farei isso. A segunda coisa será fazer um diagnóstico do quanto o aluno sabe de cada curso. Além disso, farei perguntas simples, como, por exemplo, como ele define o que é beleza. Espero a explicação e aí eu já desenho o perfil cultural do aluno.

E as aulas, os textos e a complexidade das aulas vão de acordo com o nível dele. O tempo do curso depende da disponibilidade do aluno, mas eu vou pedir no mínimo 3 horas de estudo semanais (cada aula online por uma hora e meia). Então, eu não faço milagres, não vendo milagres, não acredito em milagres, por isso, na aula experimental digo que o curso pode levar meses (cada aula, um tópico mais ou menos). E os tópicos (do curso de autoconhecimento) são… peraí… clique aqui que eu mostro a grade de autoconhecimento.

é isso. abraços.

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