imperativo
vem ver o que acontece lá fora
nasce a manhã
nasce o homem, a dor, a aurora
vem ver o que padece lá, agora
o amor, o louvor,
cinicamente fora de hora
vem ver
mas não esqueças tu,
esquece tu, tudo
de trazer o guarda-chuva
pra guardar a chuva, claro,
e prender o ódio ao raro
ao extravagantemente caro
vem tu
venha você
mas para ver o que entontece cá,
aflora,
toda marca presa aos ventos de outrora
claro, puro, dolorido, mas vem
vê tu
se apetece o chá de amora
sem amor, só com ah!
acredito que virás atenta
mas vem pronta
que o mundo amortece mas não espera
vem ver o que nos embrutece feito pá
cortando fora toda a flora juvenil
mas vem
vale a pena ver o que tece, já,
todo sorriso em reparo…
ora! então?
ninguém quer uma prece,
nem saber onde a dúvida mora
porque o dia suicida-se
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