Escrever é coisa séria e é divertido 2

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Hora de Escrever é coisa séria e é divertido 2.

Bom, no post anterior (Escrever é coisa séria e é divertido) falei sobre o objetivo das escolas ao ensinar redação (vestibulares, tirar nota) e do método (não se valorizam os debates). Além disso, falei que escrever é coisa séria e é divertido também. Para isso, basta que se leve a diversão para a criação de textos e que se mostre a necessidade de haver responsabilidade com o que se escreve.

Mas deixei em aberto como seu filho e filha entram nessa discussão. Então, é isso o que farei agora.

A estudante está lá, no sexto, ou sétimo ano, por exemplo. Está no início de um novo ciclo (fundamental II). Assim, provavelmente aprendendo a contar histórias. Como começar a desenvolver o senso crítico em pessoas ainda tão pouco maduras? Cada escola tem seu jeito e muitos projetos são bons. Mas a aplicação em aulas de redação é falha. E envolve, enfim, muita leitura, discussão do que se lê, apresentação de trabalhos (artísticos ou não) do que se leu.

Escrever é coisa séria e é divertido 2  continua post anterior sobre os erros na hora de ensinar redação nas escolas.
Escrever é coisa séria e é divertido 2 continua o que falei no post anterior. Escrever é um problema em vez de ser uma solução por causa dos objetivos que se tem e a metodologia. As duas coisas estão equivocadas.

É preciso entender o processo de produzir textos

Por exemplo: não é necessário – como acontece em algumas boas escolas particulares – que os estudantes do fundamental II escrevam uma redação por semana, ou até três por mês. É muita coisa e isso não garante que absorvam bem a estrutura do tipo de texto que estão vendo em aula. O ideal é ficar mais tempo desenvolvendo, corrigindo, “vivendo” a mesma redação de maneira mais produtiva. Dessa forma, rever, reescrever é exercitar a autocrítica

Por isso, o ponto fundamental do método que estou explicando é que a criança precisa escrever algo e não abandonar depois. Como assim? Ela abandona assim que o professor corrige e entrega a nota. O processo está errado. Escrever é coisa séria (e divertido, claro). Primeiro você pensa sobre o que vai fazer, estuda, pesquisa, discute com outras pessoas. Tem ideias. Aí faz seu rascunho. Em seguida, lê procurando erros de gramática. Relê, enfim, procurando incoerências, falhas.

Aí vem a questão.

Nenhum estudante faz isso. Esse processo não está na rotina escolar. Quando o professor, então, corrige e dá nota, a redação morre aí. O que deveria ser feito? A criança deveria refazer a redação até que ela fique correta (dar mais profundidade aos personagens, descrever melhor o cenário principal, mudar o final para algo mais criativo etc). Quando não houver mais nada a fazer com o texto pode-se pular para a próxima.

Por quê? O que se ganha com isso? Ora, o estudante se acostuma com o método, com o processo, se aprofunda mais nos próprios erros. Ou seja, não joga fora a redação nem apaga as redações “erradas”. E ainda cria um caderno de rascunhos, compara a redação nova com a velha, percebe a evolução, entende como saiu de um parágrafo confuso para um muito mais claro e objetivo. Portanto, é isso.

Montar carros e montar textos

A melhor metáfora que posso usar é a da linha de montagem de um carro. Porque a criança deve acompanhar cada etapa. E só deve mudar para a próxima quando tiver praticado e entendido bem a etapa em que está. Enquanto não aprender a fazer a carroceria direito, não vai colocar os pneus. No fim, ela verá o carro pronto, montado. E saberá o processo naturalmente. Depois, é outra fase (aprender a dirigir).

Achou interessante? Quer saber como aplicar essa metodologia na prática? Explico com mais detalhes no próximo post. Até lá!!

 

quer saber mais do que faço neste site, além de poesia, crônicas, contos, jornalismo e artigos e …?
Escrever é coisa séria e é divertido 2: Sempre uso trechos de textos meus, como desse livro de contos de Fábio de Amorim, Os suicidas e outras histórias. Temas variados, para maiores de 16 anos.
Escrever é coisa séria e é divertido 2. Estas são as capas do meu livro: uma versão digital e uma versão impressa sob demanda. O conteúdo é o mesmo! Sempre tiro textos meus para dar minhas aulas.

Além de reflexões sobre educação (como nesse post Escrever é coisa séria e é divertido 2), também falo de aulas de redação, literatura e interpretação de textos, estou escrevendo um livro – Autoconhecimento na Prática – e tenho outro, este de contos, que se chama Os suicidas e outras histórias <= clique no link e compre a versão digital -, tenho outras coisas, como cursosautoconhecimento, comunicação, oratória, redação (curso exclusivo). mas vou falar dos três primeiros aqui (e muito mais do primeiro curso):

Meu cursos são basicamente análise e interpretação de discursos, tanto em oratória, quanto em comunicação quanto em autoconhecimento. Porque isso está ligado nos três cursos. Eu uso literatura, filosofia e cinema para analisar a cultura digital atual. Vou desconstruindo conceitos, os reformulo e mostro que nada é o que parecer ser e que nós menos ainda. Enfim, essa é a base.

como assim?

Quanto ao que cada aluno vai aprender depende do conhecimento dele. Eu simplesmente parto de onde ele está. Por isso, no dia da aula experimental, farei duas coisas. Mostrarei onde pretendo chegar e como farei isso. Um diagnóstico do quanto o aluno sabe de cada curso entra na segunda parte. Além disso, farei perguntas simples, como, por exemplo, como ele define o que é beleza. Espero a explicação e aí eu já desenho o perfil cultural do aluno.

E as aulas, os textos e a complexidade das aulas vão de acordo com o nível dele. O tempo do curso depende da disponibilidade do aluno, mas eu vou pedir no mínimo 3 horas de estudo semanais (cada aula online por uma hora e meia). Então, eu não faço milagres, não vendo milagres, não acredito em milagres, por isso, na aula experimental digo que o curso pode levar meses (cada aula, um tópico mais ou menos). E os tópicos (do curso de autoconhecimento) são… peraí… clique aqui que eu mostro a grade de autoconhecimento.

é isso. abraços.

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